Versão testada: Pokémon White Version 2
Estávamos nós no pacato mês de Fevereiro de 2012 e durante o então habitual programa televisão japonês chamado Pokémon Smash!, Junichi Masuda largou uma "bomba" para a comunidade Pokémon. Quando tudo e todos esperavam uma versão melhorada dos originais da 5ª geração de Pokémon chamada de "Grey", eis que o principal director da série Pokémon revela Pokémon Black Version 2 e Pokémon White Version 2, apresentados como sequelas directas dos primeiros jogos pretendem dar continuidade à história já começada e mostrar muito mais sobre Kyurem, um Pokémon lendário pouco explorado nos jogos originais onde até existem novas formas exclusivas de cada versão para ele (respeitando a história do seu antecessor), isto pelo menos no início pois é bem possível obter ambas as formas em cada versão.
Estes jogos acabaram por ser lançados em Junho do mesmo ano no Japão, em Outubro nos diversos territórios Ocidentais e em Novembro na Coreia, mas será que estes jogos tiveram sucesso? Como sempre, o objectivo desta minha análise é tirar isso a limpo, mas antes vamos ao seu argumento.
Desde o final dos acontecimentos de Black e White passaram-se dois anos, e nós desta vez protagonizamos um novo treinador que vive em Aspertia City, cidade esta que se situa no sudoeste de Unova e uma das novas áreas a explorar nesta região. Este novo treinador recebe o seu primeiro Pokémon de uma personagem conhecida chamada de Bianca que agora é assistente da professora Juniper, e mais uma vez iremos viajar por toda Unova em busca de todas as insígnias dos Gym Leaders (existem três novos ginásios, onde o primeiro é novo e tem uma cara bem familiar) para vencer a Liga Pokémon, mas desta vez teremos apenas um Rival chamado de Hugh onde o seu objectivo é ser forte para derrotar a Team Plasma que roubou um Purrloin da sua irmã quatro anos atrás. Tendo em conta o objectivo do nosso amigo, dá para deduzir que os Plasma estão de volta, mas porquê? Têm um novo objectivo? Irão continuar atrás daquilo que Gethesis procurava? A resposta a estas perguntas são vocês quem a irão procurar, mas posso garantir que passados estes dois anos existem muitas mais coisas a aprender e a descobrir sobre esta organização.
A história deste novo capítulo não é tão elaborada como os dos anteriores foram, mas os juízos de valor que nos foram introduzidos continuam a estar presentes e conseguem cativar um jogador como sequela, agora se viermos a jogar este jogo sem se ter experienciado os anteriores acredito que não seja tão apreciável e será só e apenas uma experiência Pokémon convencional. Mas algo de destaque neste jogo como sequelas é a existência do Memory Link, acessível através do Unova Link no menu principal é uma nova funcionalidade que ao sincronizar os dados da nossa versão Black ou White com Black 2 ou White 2 são desbloqueados uma série de flashbacks que mostram o que aconteceu com certas personagens nesse período de 2 anos (tendo em conta o progresso que fizemos nesses jogos originais), o nome do nosso antigo personagem será diversas vezes mencionado e isso desbloqueará mais diálogos com personagens, os nossos antigos rivais continuarão a ter as mesmas equipas de antes, os antigos Pokémons de N poderão ser capturados e cuidados por nós e ainda o progresso que fizemos no Pokémon Global Link e Pokémon Musical em questão de acessórios serão continuados.
Nesse mesmo Unova Link ainda existem um sistema de Keys, sistema este que pode tornar as áreas exclusivas da versão oposta acessíveis na nossa versão caso se tenha trocado as Keys com a versão oposta, ou seja, na versão Black 2 podemos aceder à White Forest e capturar os Pokémons exclusivos dessa área e ainda ir à White Treehollow e vice versa, mas também existe a Iron Key e a Iceberg Key que permitem capturar o Regi que nos falta nessa versão. Para além disso ainda existe a 3DS Link que permite que o nosso jogo transfira os Pokémons capturados e Itens conseguidos na aplicação da 3DS Pokémon Dream Radar. Estas adições são muito bem vindas e primam a interactividade entre versões e consegue variar o conteúdo do jogo.
Anteriormente falei na White Treehollow, mas tanto esse local como a Black Tower mudaram quando comparados aos jogos originais, são locais com 10 andares onde o objectivo é encontrar o treinador líder do piso para o concluir, mas nós não fazemos ideia de quem é ele e a menos que se tenha muita sorte, acabamos sempre por enfrentar um treinador qualquer que é bem capaz de nos dar pistas de quem procuramos, mas outras vezes o líder do piso está dentro de um portão e para o abrir temos de encontrar o treinador que controla esse portão. Até agora parece simples não é? Mas não é nada simples, é que em cada sessão não podemos recuperar a energia dos nossos Pokémons, por isso todo o HP e PP que perdermos conta, o que aumenta o desafio consideravelmente, porém existirá sempre médicos ou enfermeiras que se forem derrotados curam os nossos Pokémons uma só vez e poderemos reclamar tal oferta a qualquer altura. Um outro aliciante desta atracção é que ganhamos experiência e dinheiro, mas se perdemos o desafio teremos de devolver todo o dinheiro ganho, e quanto mais avançarmos de piso, mais fortes serão os nossos adversários e cada piso começa a ser mais exigente, de tal forma que cada piso começa a ter diversos andares (no máximo 4), mas esta é uma atracção só disponível após vencer a liga, assim quando for desafiada o jogador estará minimamente preparado para tal.
Mas duas atracções disponíveis logo assim que possíveis são o Pokéstar Studios e o Pokémon World Tournament. A Pokéstar é um estúdio de filmes onde nós podemos entrar e protagonizar filmes com Pokémons que já são actores ou com os nossos próprios Pokémons e torná-los estrelas de cinema através de batalhas narradas e, embora exista um guião a seguir, cabe a nós segui-lo ao não e podemos fazer um dos três finais, o bom, o mau e o estranho. Isto do cinema é apenas uma tarefa secundária destes novos jogos e consegue ser mais interessante que o Pokémon Musical na minha opinião. Já o Pokémon World Tournament é um novo edifício que promove batalhas localizado na antiga Cold Storage, utilizando o estilo habitual da Battle Tower e Battle Subway (que continua presente e existem novas equipas) nos diversos tipos de batalha e somos recompensados com BP's, neste local poderemos enfrentar em torneios de rondas a eliminar todos os Gym Leaders que a série já viu até ao momento! De início apenas existirá o Torneio de Driftveil City que terá de ser concluído com o desenrolar da história e uma ou outra modalidade como aquela de alugar Pokémons para combater, mas após vencermos a Liga será desbloqueado o torneio de Unova onde as personagem que são ou foram Gym Leaders desta região participarão (até mesmo aqueles que eram Líderes nos jogos originais e ainda conta com a participação Bianca), e assim que vencermos tal torneio iremos desbloquear os torneios de Kanto, Johto, Hoenn e Sinnoh e tal como o nome indica os participantes são os líderes de Gym das respectivas regiões! E depois de se vencer esses todos o World Tournament ficará disponível e podemos encontrar qualquer líder nessa categoria, mas se vencermos tal categoria 10 vezes ainda desbloqueamos o Champions Tournament onde iremos defrontar todos os Campeões de região! E é importante dizer que a maioria dos treinadores têm as suas equipas renovadas com novos Pokémons e/ou estratégias quando comparados aos jogos anteriores, mas os seus principais Pokémons continuam presentes, por isso o sentimento de nostalgia também tem um sentimento de actualidade e isso mostra que o objectivo da série é mesmo agradar a tudo e todos, e creio que com esta adição acertaram em cheio. Para além disto só tenho a dizer que de locais de batalhas o PWT tornou-se no meu preferido da série superando assim a Battle Frontier da 4ª geração, a única coisa que lamento é que eles não tenham introduzido os Elite 4 e uma outra personagem, são exemplos o Koga e a Iris.
Uma outra grande novidade é a própria Pokédex pois foram adicionados mais 150 Pokémons fazendo um total de 301, e esses Pokémons são todos já conhecidos das gerações anteriores e habitam sobretudo nos novos locais do jogo mas também a este de Unova, já nas restantes localidades as espécies de Pokémon de Unova que já lá habitavam estão praticamente intactas, de forma a que este "upgrade" que as Versões 2 levaram face aos primeiros jogos seja realista face ao universo dos jogos, mais uma vez mostraram bastante cuidado no design destes novos jogos e isso é sempre de louvar e esta foi a adição que a 5ª geração precisava para se manter fresca. Para além desses novos Pokémons existem novos locais espalhados por Unova chamados de Hidden Grotto são caminhos escondidos no meio de árvores que são esconderijos onde vivem Pokémons com a sua Hidden Ability ou encontram-se dos mais diversos itens. Uma vez por dia aparece um novo Pokémon ou item em cada um dos Hidden Grottoes, e com o desenrolar da aventura alguém nos irá apresentar tal funcionalidade.
Fora isto tudo que disse, estes novos jogos permanecem intactos quando comparados aos original Black & White e dá para ver que a quantidade de conteúdo roça quase o absurdo pois existe tanto que fazer e cada coisa com as suas características que são capazes de agradar a qualquer jogador, e isto não é normal num videojogo. O design deste videojogo está muito cuidado e aquilo que de mal foi feito em BW foi totalmente corrigido, tudo à excepção da experiência overworld tal como critiquei anteriormente e é o único defeito que posso apontar à jogabilidade destes novos jogos. Mas a nível de conteúdo, mecânicas e tudo mais para um jogo de Pokémon estes são os melhores jogos até à data.
Agora vamos à dificuldade e este é o pior departamento do jogo. A aventura por si só costuma a ter uma dificuldade default e depois existem aqueles edifícios de batalhas para os mais entusiastas e ainda aquelas actividades para os mais casuais não é verdade? Com o sistema de Keys a Game Freak introduziu dois novos tipos de dificuldade que aumentam ou reduzem a inteligência da IA do jogo, algo porreiro capaz de satisfazer qualquer jogador, não? Não, embora as dificuldades façam o seu trabalho, até vencermos a Liga não temos acesso a elas o que é bastante parvo na minha opinião, ainda mais parvo quando a dificuldade fácil é uma Key exclusiva da versão White 2 enquanto a difícil é da versão Black 2, ou seja, a menos que tenhamos acesso a uma versão já com a Key que pretendemos desbloqueada para depois enviar para o nosso jogo e aumentar dificuldade, ficamos a chuchar no dedo com a habitual dificuldade por defeito. Foi muito mal implementado isto das dificuldades, e isto até tem o seu interesse pois no Challenge Mode todos os treinadores também uma equipa com nível aumentado e os Gym Leaders até acrescentam um Pokémon à sua equipa normal.
Já visualmente, existem novas áreas e áreas remodeladas que dão uma vida diferente ao jogo, e as animações no Pokéstar Studios são bastante interessantes porém não são muito mais que os originais Black e White.
Agora o Som, e tal como a minha análise aos primeiros jogos da quinta geração preferi guardar o melhor para o fim. Existem novas músicas, algumas das mesmas músicas para as mesmas localizações continuam presentes porém com novos ritmos e a dinâmica como nos jogos anteriores com instrumentos também continuam presentes. Também existem remixes de temas carismáticos de toda a série graças ao PWT, num todo músicas de grande qualidade com efeitos sonoros que fazem o seu trabalho como deve de ser, só faltava mesmo existir um trabalho de vozes neste jogo, mas como nunca existiu na série nem a Nintendo DS seria a melhor plataforma para isso acontecer, só posso elogiar esta banda sonora e tenho de dizer que é a minha preferida em toda a série. Um excelente trabalho.
Jogabilidade 8 - Introduziram mais uma ou outra nova mecânica mas nada de novo;
Longevidade 10 - Tanta diversidade e tanto conteúdo, impossível querer mais alguma coisa;
Dificuldade 6,5 - Sistema de Keys é interessante porém muito mal implementado e peca precisamente por isso;
Gráficos 8 - Não é mais que Black e White mas está "fresco";
Som 10 - Isto é que é bom!
Nota Final - 8,5
Estes jogos acabaram por ser lançados em Junho do mesmo ano no Japão, em Outubro nos diversos territórios Ocidentais e em Novembro na Coreia, mas será que estes jogos tiveram sucesso? Como sempre, o objectivo desta minha análise é tirar isso a limpo, mas antes vamos ao seu argumento.
Desde o final dos acontecimentos de Black e White passaram-se dois anos, e nós desta vez protagonizamos um novo treinador que vive em Aspertia City, cidade esta que se situa no sudoeste de Unova e uma das novas áreas a explorar nesta região. Este novo treinador recebe o seu primeiro Pokémon de uma personagem conhecida chamada de Bianca que agora é assistente da professora Juniper, e mais uma vez iremos viajar por toda Unova em busca de todas as insígnias dos Gym Leaders (existem três novos ginásios, onde o primeiro é novo e tem uma cara bem familiar) para vencer a Liga Pokémon, mas desta vez teremos apenas um Rival chamado de Hugh onde o seu objectivo é ser forte para derrotar a Team Plasma que roubou um Purrloin da sua irmã quatro anos atrás. Tendo em conta o objectivo do nosso amigo, dá para deduzir que os Plasma estão de volta, mas porquê? Têm um novo objectivo? Irão continuar atrás daquilo que Gethesis procurava? A resposta a estas perguntas são vocês quem a irão procurar, mas posso garantir que passados estes dois anos existem muitas mais coisas a aprender e a descobrir sobre esta organização.
A história deste novo capítulo não é tão elaborada como os dos anteriores foram, mas os juízos de valor que nos foram introduzidos continuam a estar presentes e conseguem cativar um jogador como sequela, agora se viermos a jogar este jogo sem se ter experienciado os anteriores acredito que não seja tão apreciável e será só e apenas uma experiência Pokémon convencional. Mas algo de destaque neste jogo como sequelas é a existência do Memory Link, acessível através do Unova Link no menu principal é uma nova funcionalidade que ao sincronizar os dados da nossa versão Black ou White com Black 2 ou White 2 são desbloqueados uma série de flashbacks que mostram o que aconteceu com certas personagens nesse período de 2 anos (tendo em conta o progresso que fizemos nesses jogos originais), o nome do nosso antigo personagem será diversas vezes mencionado e isso desbloqueará mais diálogos com personagens, os nossos antigos rivais continuarão a ter as mesmas equipas de antes, os antigos Pokémons de N poderão ser capturados e cuidados por nós e ainda o progresso que fizemos no Pokémon Global Link e Pokémon Musical em questão de acessórios serão continuados.
Nesse mesmo Unova Link ainda existem um sistema de Keys, sistema este que pode tornar as áreas exclusivas da versão oposta acessíveis na nossa versão caso se tenha trocado as Keys com a versão oposta, ou seja, na versão Black 2 podemos aceder à White Forest e capturar os Pokémons exclusivos dessa área e ainda ir à White Treehollow e vice versa, mas também existe a Iron Key e a Iceberg Key que permitem capturar o Regi que nos falta nessa versão. Para além disso ainda existe a 3DS Link que permite que o nosso jogo transfira os Pokémons capturados e Itens conseguidos na aplicação da 3DS Pokémon Dream Radar. Estas adições são muito bem vindas e primam a interactividade entre versões e consegue variar o conteúdo do jogo.
Anteriormente falei na White Treehollow, mas tanto esse local como a Black Tower mudaram quando comparados aos jogos originais, são locais com 10 andares onde o objectivo é encontrar o treinador líder do piso para o concluir, mas nós não fazemos ideia de quem é ele e a menos que se tenha muita sorte, acabamos sempre por enfrentar um treinador qualquer que é bem capaz de nos dar pistas de quem procuramos, mas outras vezes o líder do piso está dentro de um portão e para o abrir temos de encontrar o treinador que controla esse portão. Até agora parece simples não é? Mas não é nada simples, é que em cada sessão não podemos recuperar a energia dos nossos Pokémons, por isso todo o HP e PP que perdermos conta, o que aumenta o desafio consideravelmente, porém existirá sempre médicos ou enfermeiras que se forem derrotados curam os nossos Pokémons uma só vez e poderemos reclamar tal oferta a qualquer altura. Um outro aliciante desta atracção é que ganhamos experiência e dinheiro, mas se perdemos o desafio teremos de devolver todo o dinheiro ganho, e quanto mais avançarmos de piso, mais fortes serão os nossos adversários e cada piso começa a ser mais exigente, de tal forma que cada piso começa a ter diversos andares (no máximo 4), mas esta é uma atracção só disponível após vencer a liga, assim quando for desafiada o jogador estará minimamente preparado para tal.
Mas duas atracções disponíveis logo assim que possíveis são o Pokéstar Studios e o Pokémon World Tournament. A Pokéstar é um estúdio de filmes onde nós podemos entrar e protagonizar filmes com Pokémons que já são actores ou com os nossos próprios Pokémons e torná-los estrelas de cinema através de batalhas narradas e, embora exista um guião a seguir, cabe a nós segui-lo ao não e podemos fazer um dos três finais, o bom, o mau e o estranho. Isto do cinema é apenas uma tarefa secundária destes novos jogos e consegue ser mais interessante que o Pokémon Musical na minha opinião. Já o Pokémon World Tournament é um novo edifício que promove batalhas localizado na antiga Cold Storage, utilizando o estilo habitual da Battle Tower e Battle Subway (que continua presente e existem novas equipas) nos diversos tipos de batalha e somos recompensados com BP's, neste local poderemos enfrentar em torneios de rondas a eliminar todos os Gym Leaders que a série já viu até ao momento! De início apenas existirá o Torneio de Driftveil City que terá de ser concluído com o desenrolar da história e uma ou outra modalidade como aquela de alugar Pokémons para combater, mas após vencermos a Liga será desbloqueado o torneio de Unova onde as personagem que são ou foram Gym Leaders desta região participarão (até mesmo aqueles que eram Líderes nos jogos originais e ainda conta com a participação Bianca), e assim que vencermos tal torneio iremos desbloquear os torneios de Kanto, Johto, Hoenn e Sinnoh e tal como o nome indica os participantes são os líderes de Gym das respectivas regiões! E depois de se vencer esses todos o World Tournament ficará disponível e podemos encontrar qualquer líder nessa categoria, mas se vencermos tal categoria 10 vezes ainda desbloqueamos o Champions Tournament onde iremos defrontar todos os Campeões de região! E é importante dizer que a maioria dos treinadores têm as suas equipas renovadas com novos Pokémons e/ou estratégias quando comparados aos jogos anteriores, mas os seus principais Pokémons continuam presentes, por isso o sentimento de nostalgia também tem um sentimento de actualidade e isso mostra que o objectivo da série é mesmo agradar a tudo e todos, e creio que com esta adição acertaram em cheio. Para além disto só tenho a dizer que de locais de batalhas o PWT tornou-se no meu preferido da série superando assim a Battle Frontier da 4ª geração, a única coisa que lamento é que eles não tenham introduzido os Elite 4 e uma outra personagem, são exemplos o Koga e a Iris.
Uma outra grande novidade é a própria Pokédex pois foram adicionados mais 150 Pokémons fazendo um total de 301, e esses Pokémons são todos já conhecidos das gerações anteriores e habitam sobretudo nos novos locais do jogo mas também a este de Unova, já nas restantes localidades as espécies de Pokémon de Unova que já lá habitavam estão praticamente intactas, de forma a que este "upgrade" que as Versões 2 levaram face aos primeiros jogos seja realista face ao universo dos jogos, mais uma vez mostraram bastante cuidado no design destes novos jogos e isso é sempre de louvar e esta foi a adição que a 5ª geração precisava para se manter fresca. Para além desses novos Pokémons existem novos locais espalhados por Unova chamados de Hidden Grotto são caminhos escondidos no meio de árvores que são esconderijos onde vivem Pokémons com a sua Hidden Ability ou encontram-se dos mais diversos itens. Uma vez por dia aparece um novo Pokémon ou item em cada um dos Hidden Grottoes, e com o desenrolar da aventura alguém nos irá apresentar tal funcionalidade.
Fora isto tudo que disse, estes novos jogos permanecem intactos quando comparados aos original Black & White e dá para ver que a quantidade de conteúdo roça quase o absurdo pois existe tanto que fazer e cada coisa com as suas características que são capazes de agradar a qualquer jogador, e isto não é normal num videojogo. O design deste videojogo está muito cuidado e aquilo que de mal foi feito em BW foi totalmente corrigido, tudo à excepção da experiência overworld tal como critiquei anteriormente e é o único defeito que posso apontar à jogabilidade destes novos jogos. Mas a nível de conteúdo, mecânicas e tudo mais para um jogo de Pokémon estes são os melhores jogos até à data.
Agora vamos à dificuldade e este é o pior departamento do jogo. A aventura por si só costuma a ter uma dificuldade default e depois existem aqueles edifícios de batalhas para os mais entusiastas e ainda aquelas actividades para os mais casuais não é verdade? Com o sistema de Keys a Game Freak introduziu dois novos tipos de dificuldade que aumentam ou reduzem a inteligência da IA do jogo, algo porreiro capaz de satisfazer qualquer jogador, não? Não, embora as dificuldades façam o seu trabalho, até vencermos a Liga não temos acesso a elas o que é bastante parvo na minha opinião, ainda mais parvo quando a dificuldade fácil é uma Key exclusiva da versão White 2 enquanto a difícil é da versão Black 2, ou seja, a menos que tenhamos acesso a uma versão já com a Key que pretendemos desbloqueada para depois enviar para o nosso jogo e aumentar dificuldade, ficamos a chuchar no dedo com a habitual dificuldade por defeito. Foi muito mal implementado isto das dificuldades, e isto até tem o seu interesse pois no Challenge Mode todos os treinadores também uma equipa com nível aumentado e os Gym Leaders até acrescentam um Pokémon à sua equipa normal.
Já visualmente, existem novas áreas e áreas remodeladas que dão uma vida diferente ao jogo, e as animações no Pokéstar Studios são bastante interessantes porém não são muito mais que os originais Black e White.
Agora o Som, e tal como a minha análise aos primeiros jogos da quinta geração preferi guardar o melhor para o fim. Existem novas músicas, algumas das mesmas músicas para as mesmas localizações continuam presentes porém com novos ritmos e a dinâmica como nos jogos anteriores com instrumentos também continuam presentes. Também existem remixes de temas carismáticos de toda a série graças ao PWT, num todo músicas de grande qualidade com efeitos sonoros que fazem o seu trabalho como deve de ser, só faltava mesmo existir um trabalho de vozes neste jogo, mas como nunca existiu na série nem a Nintendo DS seria a melhor plataforma para isso acontecer, só posso elogiar esta banda sonora e tenho de dizer que é a minha preferida em toda a série. Um excelente trabalho.
Jogabilidade 8 - Introduziram mais uma ou outra nova mecânica mas nada de novo;
Longevidade 10 - Tanta diversidade e tanto conteúdo, impossível querer mais alguma coisa;
Dificuldade 6,5 - Sistema de Keys é interessante porém muito mal implementado e peca precisamente por isso;
Gráficos 8 - Não é mais que Black e White mas está "fresco";
Som 10 - Isto é que é bom!
Nota Final - 8,5
Tal como em Black e White, quanto mais tempo deixei passar desde o lançamento destes Black 2 e White 2 eu comecei a mudar a minha opinião sobre estes capítulos e hoje vejo que são sem dúvida dos melhores jogos de Pokémon que existem a nível de conteúdo, qualquer tipo de jogador consegue agarrar-se a este jogo nem que seja por uma só característica, mas também é notório que a série precisava de uma nova plataforma para puder crescer mais (agora em 2014 sabemos bem que essa era a verdade).
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E aqui a minha análise anterior a estes mesmos jogos:
- Spoiler:
Versão testada: Pokémon Black 2Pokémon Black e White são os jogos que marcaram o inicio da 5ª Geração de Pokémon. Lançados em 2011 (2010 no Japão) foram dos jogos de Pokémon mais vendidos de sempre, sendo estes jogos que nos introduziram a Unova e a mais de 150 novos Pokémons onde só os novos podiam ser capturados e treinados no início, algo que dá uma sensação de nostalgia a quem jogou as versões Red e Blue primeiro. Já o enredo deste jogo foca-se na aventura do protagonista com dois rivais e amigos de infância por toda Unova à procura de ser o melhor treinador, para isso vencendo os 8 Gym Leaders e depois a Elite 4 e o seu Champion. Mas como a série já nos habituou, não é uma aventura tranquila, aparece uma Team (Plasma) que pretende controlar o continente com a força dos Pokémons Lendários Zekrom e Reshiram, pois foram estes os criadores do continente. Eventualmente o protagonista derrota-os e salva o mundo desta terrível ameaça. Mas seria mesmo esse o fim?
Em 2012 foram anunciados e lançados as versões Black 2 e White 2 de Pokémon, que tal como o nome indica são as sequelas de Black e White.
Esta sequela passa-se dois anos após os acontecimentos de BW, e nela somos um novo protagonista e exploramos na mesma Unova, esta com algumas áreas totalmente novas.
O objectivo desta sequela é muito claro desde inicio, o nosso rival quer tornar-se um treinador de Pokémon e tornar-se forte para conseguir resgatar o Purrloin da sua irmã das mãos da Team Plasma que o roubou 4 anos antes do inicio da aventura, mas enquanto o nosso Rival manifesta esse seu objectivo, a sorte de se tornar treinador cai por cima de nós por convite da Professor Juniper e após a tarefa nos ser dada o nosso rival também pede à assistente da Professor Juniper para lhe dar as ferramentas que o façam tornar num treinador de Pokémon. Tal acontece e a aventura começa.
Com o desenrolar da aventura onde seguimos os mesmos passos do nosso amigo e rival descobrimos que a Team Plasma voltou com o mesmo objectivo, dominar a região com o 3º Pokémon dragão lendário e aí o nosso novo objectivo é tentar derrotá-los e estragar de novo os seus planos.
E isto foi apenas um cheirinho da história pois ela consegue ser muito interessante e cativa uma pessoa a jogar por isso mesmo, pelo argumento, algo que não é normal em Pokémon e este jogo fá-lo bem.
Graficamente o jogo está bonito, tem alguns detalhes interessantes mas não é mais que Black e White, a plataforma escolhida também não ajuda as que as melhorias fossem significantes.
A nível sonoro o jogo continua com as melodias típicas dos jogos de Pokémon, contudo áreas antigas têm novas melodias e bastante melodiosas, está aqui um trabalho bem feito. Também os detalhes como a caminhar na água, na neve, na terra, enfim, estão bem conseguidos mas não surpreendem, e no fundo é a mesma banda sonora de Black e White.
Falando da jogabilidade e da dificuldade deste jogo continua igual aos jogos dos anos 90 e funciona na perfeição, mas infelizmente estou apenas a falar das batalhas. Onde o jogo podia e devia melhorar seria na locomoção das personagens, é uma jogabilidade 2D (cima-baixo, esquerda-direita) e numa jogo onde a exploração é um dos grandes pontos isto começa-se a tornar um pouco incómodo, também porque os puzzles foram simplificados, ainda me lembro que os puzzles usando o Strength eram uma grande dor de cabeça, hoje é só empurrar as pedras para os buracos e está o trabalho feito. Este aspecto do jogo está a pedir uma renovação, funciona mas deixa a desejar. Uma grande novidade que a Game Freak nos apresentou foi o definir a dificuldade, coisa que pode tornar o nosso jogo mais desafiante ou não face às nossas capacidades, uma adição boa mas má. Que quero dizer com isto? Que a dificuldade está boa, tem pokémons mais fortes e uma IA bem capaz de nos dar dores de cabeça mas não está disponível desde o inicio do jogo e para estar um amigo terá que ter essa Key para desbloquear a nova dificuldade no nosso jogo, mas não é só, os jogadores de Black 2 após um determinado ponto recebem a dificuldade mais difícil e os da White 2 a mais fácil, o que é absolutamente rídiculo, esta ideia podia ser bem melhor aproveitada.
Por fim a longevidade é aquilo que a série nos habituou, cada jogador joga as horas que quiser pois tem motivos para jogar mais ou não, um dos melhores lados desta série.
Agora valores individuais:
Gráficos 7 - Estão bonitos, têm bons detalhes mas não deixam de ser mais do mesmo;
Jogabilidade 7,5 - Os combates continuam viciantes e desafiantes, mas a exploração já começa a fartar;
Som 8 - Novas músicas e novos ritmos dão um ar fresco à coisa, mas a Banda Sonora é praticamente a mesma;
Longevidade 10 - O jogo é enorme e cada jogador joga o tempo que quiser. Temos vertentes quer Online quer Offline que nos podem deixar agarrados ao jogo por horas a fio, não é novo mas continua perfeito;
Dificuldade 6,5 - A introdução das dificuldades foi uma boa adição, mas que não é cómoda e conveniente a muita gente que procura um desafio maior ou menor, e o próprio modo "normal" é por si só simples. E sente-se a ausência de Puzzles desafiantes nas cavernas e isso.
Nota Final - 7,8
Não me interpretem mal, mas parecendo que não este é dos melhores jogos de Pokémon de sempre, quer os fãs da velha guarda quer os mais novatos ficarão agradados com a qualidade destes jogos da 5ª geração, contudo o problema do jogo está naquilo que não aconteceu, ou seja, uma transição para um jogo inteiramente em 3D, assim o grafismo seria bem melhor e a jogabilidade melhorada. Também nota-se que o jogo pretende agradar mais aos fãs inexperientes, por isso o regresso dos Puzzles desafiantes e até as dificuldades introduzidas de uma forma mais cómoda seriam recebidos de bom agrado.
Última edição por BAlvez em 1/3/2014, 22:32, editado 9 vez(es)