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    Dragon Ball Z: The Legacy of Goku II (GBA)

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    Dragon Ball Z: The Legacy of Goku II (GBA) Empty Dragon Ball Z: The Legacy of Goku II (GBA)

    Mensagem por BAlvez 16/6/2014, 12:25

    Dragon Ball Z: The Legacy of Goku II (GBA) CdRGJh5

    Versão testada: -----------

    O primeiro jogo desenvolvido pela Webfoot sob a licença de Dragon Ball não foi um grande sucesso pois teve uma crítica negativa geral e é das piores experiências que se pode ter num Game Boy Advance, mas isso não deitou abaixo esta modesta produtora Americana. Em 2003 foi editada a sequela da série com o subtítulo The Legacy of Goku II e no ano de 2004 foi lançada uma versão “internacional” para o público japonês, tornando-se assim no primeiro jogo de Dragon Ball desenvolvido na América a ser exportado para terras nipónicas. Este jogo retoma a história terminada no primeiro jogo e conta os eventos até ao final da saga dos andróides, numa perspectiva bem diferente do primeiro jogo onde controlamos diversas personagens. Será que The Legacy of Goku II consegue fazer esquecer o que de mal foi feito?

    A possibilidade de controlar múltiplas personagens do universo Dragon Ball acaba por ser a maior novidade deste jogo pois isso permite conhecer a história ainda mais a fundo. Esta decisão teve a ver com o papel que Goku desempenha nesta saga que não é tão activo como foi habitual até então e por isso a fórmula anterior teve de ser reformulada. Ao longo da aventura podemos controlar Son Gohan, Piccolo, Vegeta, o Trunks do Futuro e ainda Son Goku na fase mais tardia do enredo, mas depois dos acontecimentos finais ainda podemos desbloquear o Hercule (também conhecido como Mr. Satan) que preenche o slot deixado vago pelo Goku. É possível alternar as personagens em qualquer Save Point (círculos azuis com o símbolo da Capsule Corp) a qualquer momento, uma decisão inteligente pois assim não só é fácil mudar o protagonista como também intuitivo gravar o nosso progresso pois basta premir o botão A sempre que estivermos em cima de um desses pontos.
    Todas as personagens têm características bem diferentes umas das outras pois foram introduzidos os Stats, para além do HP e Ki agora existe a Força (ataques físicos), Força de Energia (ataques de Ki) e a Resistência. Isto promove a diferença entre personagens no que toca à jogabilidade, por exemplo, Trunks é muito forte fisicamente mas tem pouca resistência, por outro lado Vegeta é bem resistente e embora seja menos forte que o seu filho, os ataques físicos e de Ki são bastante equilibrados. Isto dá um suporte muito grande ao jogo pois tem em conta o desempenho das personagens na série, mas também é possível aumentar os seus “Base Stats” permanentemente ao utilizar cápsulas que se vão encontrando nos diversos locais deste título, existem vermelhas (que aumenta a força física), azuis (a força do Ki) e as roxas (a resistência). Não acho que esta escolha tenha sido a melhor opção pelo número de cápsulas ser limitado, podiam arranjar um sistema mais dinâmico pois desta forma não é possível melhorar todas as personagens nas suas falhas e retira um pouco do elemento RPG ao jogo.
    Mas para além de ser um RPG este jogo é de Acção e é aqui que ele brilha. A movimentação da personagem é bastante fluida e responde de imediato ao que é introduzido (e ao premir duas vezes numa direcção a personagem corre), atacar fisicamente agora é inteiramente encorajado pois não só é possível alcançar múltiplos inimigos ao mesmo tempo como também eles sofrem de um retorno sempre que recebem danos, não só em ataques físicos como nos de Ki. Só isto torna a experiência muito mais agradável pois é na mesma desafiadora mas agora de uma forma justa, mas existem mais características que tornam este jogo excelente neste departamento. Para além dos comuns murros e pontapés nós também podemos fazer um Charge Attack que é muito forte mas precisa de ter um timing correcto senão perdemos a concentração. Para utilizar ataques deste cariz basta largar o botão A depois de se estar a premir uns segundos nele, mas Gohan, Piccolo e Vegeta apenas podem utilizar estes ataques uma vez que os aprendam com o Master Roshi.
    Mas que seria feito de um jogo de acção sem os inimigos? A maioria das criaturas que podemos enfrentar são animais selvagens (nada de esquilos ou coisas inofensivas) que nos atacam sem pudor e a justificação disso é que a névoa do Garlic Jr. não foi totalmente apagada, isto é algo falado num filler do Anime e torna-se numa justificação credível nesta entrega. Para além de animais ainda existem mercenários, robôs e até mesmo ninjas que conseguem acompanhar a nossa progressão de nível oferecendo sempre um pequeno desafio a superar em combate, assim até é divertido treinar para evoluir níveis, muito porque eles dropam carne ou bolas de energia para recuperarmos de imediato a saúde ou o Ki que perdemos a combater, de forma a evitar ir ao menu para recuperar energia para que a acção nunca pare, algo excelente. Para além disso existem sempre as Senzu Beans que recupera ambos os valores na totalidade (que são raras e ficam armazenadas no nosso inventário) mas também podemos destruir pedras que também deixam cair esses itens, e em muitas das Boss Battles existem dessas pedras no cenário para que haja sempre alguma forma de recuperar energia, algo bem pensado e torna o desafio justo pois estas batalhas conseguem ser bem exigentes.
    No que toca a combate só me resta falar mais a fundo dos ataques Ki, todas as personagens podem aprender 3 ataques desse cariz e cada uma delas conhece o Ki Blast, um simples ataque que é muito útil para atacar em longa distância, sobretudo naqueles momentos onde se tem pouca saúde. Os restantes ataques são aqueles característicos das personagens como o Kamehameha, Special Beam Canon ou o Big Bang Attack, estes são bastante fortes mas consomem imenso Ki, mas para além deles agora existe um símbolo Z, coisa inexistente no primeiro jogo. Este símbolo permite que as personagens se transformem em Super Saiyan a qualquer momento desde que um pequeno triângulo amarelo junto à indicação do HP e Ki esteja preenchido, elas assim ficam mais fortes e rápidas num instante e dura até que a barra de Ki chegue ao fim (ou até que cancelemos a transformação). Já Gohan apenas irá aprender isto após certos eventos e o Piccolo uma vez que se funda com o Kami torna-se num Super Namek, e o mais interessante num Super Namek é que vai regenerando HP enquanto o Ki é consumido. A única excepção a tudo isto é o Hercule que apenas conhece um ataque baseado em Ki e ataques físicos básicos.
    O combate foi remodelado e é difícil imaginar melhor, pedia era que existisse um melhor elemento que aprofundasse o lado RPG deste jogo e que tivesse o seu impacto no jogo, mas não deixa de ser satisfatório.
    Um outro grande problema do primeiro jogo era a ausência de exploração, ou pelo menos a liberdade dela, e The Legacy of Goku II corrigiu isso por inteiro. Antes existiam mapas enormes recheados de inimigos que só podíamos explorar enquanto não se cumprisse o objectivo maior, agora existe um mapa-mundo cheio de localizações diferentes. Pelo cenário existem placas com um mapa e ao interagir com elas nós somos transportados para ar e podemos voar a qualquer momento para as diferentes localizações da terra que estejam assinaladas no mini-map, o que dá uma enorme sensação de liberdade. Já as localizações estão divididas por secções e sempre que voltarmos para um local onde derrotamos os inimigos, eles voltarão a aparecer o que é bom para treinar. Para além disso existe barreiras espalhadas por todo o mundo com um número assinalado a uma determinada cor, cada cor representa um personagem diferente e o número o nível em que ele deve de estar para poder passar por elas (e uma vez destruída todas as personagens podem ir a esses locais). O nível máximo do jogo é o 50 e por detrás dessas portas está sempre um objectivo principal ou secundário, existem umas quantas alternativas (grandes ou pequenas) com imensas recompensas. Uma delas é ter de resgatar todos os Namekianos perdidos na terra para levá-los a New Namek, uma vez concluída a missão podemos ir a esse planeta a qualquer altura e lá poderemos enfrentar Cooler (irmão de Frieza que aparece nos filmes). Uma vez derrotado temos acesso à porta de nível 50 do Piccolo que esconde uma estátua dele e servirá para desbloquear Hercule no futuro. Uma vez desbloqueada esta personagem extra, o desafio é treinar desde o nível 1 até ao 50 para assistir ao final alternativo deste jogo.
    O que pedia mais é que existissem actividades extra ou melhores formas de evoluir de nível, na fase final do jogo apenas os objectivos principais é que conseguem manter algum interesse, e treinar o Hercule até ao nível máximo não é uma tarefa muito agradável pois ele é muito fraco e isso não é um conteúdo Post-Game ideal. Desta forma esta série passou a ter imensa exploração e existem motivos para o fazer pois o jogo premeia sempre pela curiosidade, e enquanto existir conteúdo dá sempre gozo jogar este título.

    Visualmente esta sequela consegue deslumbrar uma pessoa pois os cenários são coloridos, bem desenhados e até variam consoante a estação, no início do jogo estamos numa época de Primavera/Verão e para o final estamos numa altura de Outono. Existem paisagens belíssimas como fundo nos locais onde estamos bastante altos e que também têm a época, mas também dentro de edifícios nota-se que estes estão bastante detalhados, destacando a West City que tem diversos negócios e todos eles estão representados de uma forma excelente. As personagens também estão bem caracterizadas, nota-se que alguns modelos de personagens que apareceram no primeiro jogo foram reusados mas parecem ter ganho uma nova vida com o novo esquema de cores implementado e também animações bastante variadas, quer em Cut-Scenes (que estão bem representadas) quer em combate, e caso a roupa ou cabelo dos protagonistas mudarem na série o jogo também procura fazer isso, mas aqui é onde existem problemas. O Gohan na batalha final tem vestido uma armadura como a do Vegeta, algo que só aconteceu quando ele treinava com Goku na Câmara de Espaço e tempo e depois ele voltou a usar roupas como as do Piccolo, e podiam ter atenção ao detalhe noutras personagens como a Bulma que teve imensos penteados ao longo da série. É chato ver esta dedicação só para alguns. Uma outra característica que eu também não gostei são os Avatares nas caixas de diálogo, não são os melhores e existem personagens que não parecem ter alguma coisa a ver com elas, o Goku talvez seja o maior exemplo disso.
    Fora isso o jogo está muito bom neste departamento e até deixa a pensar no quão limitado era o primeiro jogo no que toca a animações. Está aqui uma excelente representação da série que também adiciona muitos e novos locais que mesmo não estando directamente ligados a Dragon Ball, tem as características dela e consegue dar suporte.
    O mesmo se aplica ao departamento sonoro, existem diversas melodias que transmitem a essência da animação de Dragon Ball mesmo não sendo retiradas dela, acaba por ser um trabalho notável. Em questão de efeitos o jogo está igualmente de qualidade, desde o som dos ataques físicos ou de Ki até mesmo de ambiente onde ao passar por uma cascata esse barulho consegue estar mais alto que a música. Está aqui um bom trabalho mas mesmo tendo sido algo ridículo na primeira entrega, sinto falta de algum trabalho de vozes no combate, aqui foi retirado por completo em vez de ter sido melhor explorado.

    Gráficos 8,5 - De grande qualidade mas existem detalhes errados e os avatares são feios;
    Som 8,5 - Tem uma banda sonora de qualidade elevada, mas falta aqui um trabalho de vozes para conseguir destacar ainda mais;
    Jogabilidade 8,0 - Excelente como jogo de Acção mas apenas aceitável como RPG;
    Longevidade 8,0 - Até se esgotar o conteúdo, esta sequela enche as medidas de qualquer jogador;
    Dificuldade 8,0 - O jogo é desafiador mas justo, mas é chato evoluir de nível na fase final dele.

    Nota Final - 8,2

    Este Legacy of Goku II foi dos jogos que mais me surpreendeu na minha juventude pelo salto de qualidade que existiu do primeiro jogo para este. Num espaço de tempo reduzido a Webfoot conseguiu tornar o odiável numa coisa bem agradável e isso não é qualquer um que faz. Por isso sendo fãs ou não de Dragon Ball, este jogo é coisa que posso recomendar a qualquer um pois tem imensa qualidade.
    Mais uma vez, quero deixar aqui o meu agradecimento ao lobito não só pela habitual revisão mas também pelo “desbloqueamento”  Wink 
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    Mensagem por xdjogs 17/6/2014, 00:03

    Mais uma boa análise BAlvez! Eu nunca consegui avançar muito no jogo, porque em qualquer jogo da saga LoG, dava sempre erro depois do prólogo, pelo que mal os pude experimentar. Não pensei que o 1º jogo fosse tão diferente do 2º, e também não é normal um jogo melhorar tanto como este XD
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    Mensagem por BAlvez 19/6/2014, 21:39

    Obrigado por teres lido xdjogs Smile

    Oxalá que esta análise te sirva de mote para dedicares um pouco do teu tempo nesta pérola, acaba por ser dos melhores jogos de Dragon Ball neste milénio (o que não surpreende xD).

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