Versão testada: -----------
Dragon Ball é provavelmente a série japonesa de maior sucesso de todos os tempos, foi criada pelo artista de mangá Akira Toriyama em 1984 e devido à sua qualidade acabou por receber um Anime pouco tempo depois do seu início. Já em 1989 estreou na televisão Dragon Ball Z, a temporada que conta as aventuras de Son Goku enquanto adulto e que acabou por ser o verdadeiro despertar desta série em todo o mundo.
Por causa da sua popularidade (que se expande até aos dias de hoje) foram criados diversos produtos relativos à série desde Action Figures aos videojogos, o que levou a que diversas empresas ao redor do mundo adquirissem a licença desta famosa série para criar produtos oficiais e explorar financeiramente este nome. A América foi dos países que mais o fez e a produtora de videojogos Webfoot Technologies é um desses exemplos, apostando no novo hardware da Nintendo (o Game Boy Advance) e num género de jogo que foge aos convencionais de luta, o resultado acabou por ser um RPG de Acção de subtítulo “The Legacy of Goku” que foi distribuído pela Atari nos Estados Unidos da América e pela Infogrames na Europa ao longo do ano de 2002.
Este jogo segue de forma bastante fiel uma parte da temporada Z, começa-se nossa aventura na ilha do Master Roshi (mais conhecido como Tartaruga Genial para os portugueses) onde Goku apresenta aos seus amigos o seu filho Son Gohan e termina no confronto final com Frieza no planeta Namek, isto sempre na perspectiva do personagem principal. Muitos dos eventos e personagens que não figuram na obra original (para quem vê anime conhece-os como fillers) também estão representados neste jogo, tal como Goku cair no inferno enquanto percorre o caminho da serpente e o grilo de nome Gregory.
Sendo este um RPG, Goku irá acabar por ganhar experiência sempre que derrotar animais (esquilos, dinossauros, etc.) ou inimigos e quando conseguir acumular um tanto ele irá evoluir de nível de forma a ficar mais forte (o máximo é o 25). Até aqui parece ser um jogo bastante convencional, correcto? Como disse anteriormente, para além de ser um RPG este também é um jogo de Acção, um género que começou a ganhar popularidade neste milénio, e por isso a acção é em tempo real. Goku pode dar socos ou utilizar ataques de Ki, ataques estes que podem ser uma simples bola de energia, o Solar Flare que imobiliza os adversários por alguns instantes e ainda o famoso Kamehameha, e quanto mais tempo forem acumulados mais fortes serão. A utilização destes ataques reduz a barra verde que corresponde ao Ki que é recuperada de forma relativamente rápida e ainda temos a barra vermelha que corresponde ao HP que pode ser recuperado a comer Senzu Beans ou utilizando ervas medicinais através do menu. Uma outra técnica é o facto de o Goku poder voar quando se prime o botão R, algo útil para fugir/desviar dos adversários mas tem o seu limite de utilização (que pode ser reposto ao coleccionar itens com uma asa no cenário). Isto tudo acontece enquanto se navega pelo cenário, cenário que vai mudando sempre que cumprirmos o objectivo maior (uma vez cumprido, nunca mais se pode voltar a esse sítio) mas até lá podemos interagir com os diversos NPC’s que podem dar-nos itens e missões secundárias, missões (que nos premeiam com itens e experiência).
Dadas as noções básicas de como funciona este jogo só me resta dar a minha opinião sobre ele, e sinceramente nem sei por onde quero começar… Mas a jogabilidade parece ser a melhor opção. A movimentação do Goku é bastante presa e pouco fluida o que dá a sensação de martelamento do D-Pad do GBA enquanto se joga (o homem nem corre!), isso não é nada confortável mas pior ainda é o sistema de combate. É possível chegar perto do adversário e dar-lhe um soco e logo de seguida mais outro, mas parece que o inimigo não recebe qualquer retorno do golpe sofrido, continua no mesmo sítio e acerta logo um golpe de contra-ataque. O pior é que eles são muito fortes ou então o Goku é que é fraco neste jogo porque com dois ou três golpes ele acaba por desmaiar e o jogo apresenta logo um Game Over, e se quisermos voltar a jogar iremos recomeçar o jogo no último sítio onde gravamos o nosso progresso através do menu. Num jogo de acção isso é coisa que o utilizador tem pouca atenção e espera um sistema de gravação mais intuitivo ou gravações automáticas. Mas voltando ao raciocínio do Goku ser fraco, uma outra coisa que suporta a ideia é o facto do homem mais poderoso do universo aprender as técnicas como o Solar Flare e o mítico Kamehameha apenas em certos pontos da nossa aventura, e estas são habilidades que ele conhece desde criança! Por causa tudo isto é muito difícil realizar um combate com quem quer que seja e a forma mais recomendada de o fazer utilizando a longa distância com ataques de Ki ou abusar do Solar Flare uma vez que se aprenda, o que condiciona a experiência pela falta de criatividade do jogador na abordagem aos inimigos e aumenta a longevidade dela pelos piores motivos. Ao longo de toda a aventura apenas existem dois locais onde é possível treinar a sério, um é a floresta perto da casa de Goku e o outro é Namek onde existe uma boa quantidade de adversários que fazem “respawn”, o problema é que um desses pontos é no início do jogo e o outro perto do final, e entre essas alturas temos as batalhas contra Raditz, Nappa e Vegeta, isto para não falar da dificuldade excessiva nos nossos primeiros momentos em Namek!
Em termos de longevidade este jogo pode ser concluído num curto espaço de tempo caso se saiba o que se deve fazer, das últimas vezes que terminei o jogo demorei umas três horas concluindo tudo o que é possível, mas uma pessoa sem experiência pode perder o triplo de tempo neste jogo que é bastante linear! E uma outra coisa que me faz bastante confusão neste jogo são as missões secundárias, não pelas missões em si que foca-se em ajudar os outros em tarefas banais e esse é um traço de Son Goku, mas sim onde se situam na história. Quando Raditz rapta o Gohan nós temos de procura-los, mas pelo caminho temos imensas pessoas com problemas para resolver, o mesmo acontece quando os Saiyajins estão a atacar a terra ou a Ginyu Force está a combater contra os nossos aliados, nós temos de ajudar o povo de Namek e até atravessar um enorme templo para chegar perto dos inimigos (e ao interagir com os diversos elementos dessa força especial, eles começam a atacar-nos e é possível enfrentar três ao mesmo tempo!).
Em suma, este jogo está muito mal executado, uma jogabilidade pouco fluida e variada que nada tem a ver com Dragon Ball, por acaso existe um código de batota implementado no jogo que torna Goku imortal e esse pode ser um bom presságio para quem não quer lidar com as falhas deste jogo e tirar algum proveito dele.
Graficamente este jogo não está mau de todo, tem cenários diversificados e que representa a série muito bem, de salientar o HFIL (Home For Infinite Losers aka Inferno) e Namek que capta a essência desses locais, mas o jogo está algo fosco e as animações quer dos personagens quer dos cenários estão um pouco aquém daquilo que a consola consegue reproduzir. Também se nota uma falta de atenção ao detalhe em muitos dos locais e por isso é que não existem muitos locais dentro de portas, a casa do Master Roshi por exemplo, parece uma pintura de fundo e por acaso andamos por lá. Um outro exemplo de falha de atenção é quando Goku morre ele não tem uma auréola durante o período em que não é ressuscitado. Por isso posso concluir que este trabalho nem está mau, mas existe muito que podia ser feito melhor.
Já os efeitos sonoros estão muito fracos, até existe a voz do Goku quando ele morre ou faz o Kamehameha mas são muito ridículos e nada tem a ver com a voz da versão americana da série. Já a música, existem algumas melodias interessantes e que dão uma verdadeira essência de Dragon Ball, mas a variedade não é grande e torna o jogo monótono naqueles locais maiores onde existem missões secundárias e inimigos com quem treinar.
Gráficos 6,5 - Aceitam-se e têm algum do charme da série, mas existe muito por onde melhorar;
Som 6,5 - Músicas interessantes que lembram Dragon Ball, mas existe pouca variedade e os efeitos sonoros são fracos;
Jogabilidade 4,0 - Nada cómoda e obriga um jogador a ser pouco criativo;
Longevidade 5,0 - Tanto pode ser uma aventura curta como longa, e não é pelas boas razões;
Dificuldade 4,0 - O jogo é difícil, se soubermos explorar a IA o jogo torna-se muito fácil.
Nota Final - 5,2
Este é um mau jogo onde apenas os fãs de Dragon Ball poderão conseguir tirar algum proveito, e mesmo estes deverão de pensar duas vezes a ver se querem perder tempo com ele. A menos que tenham curiosidade, não recomendo este jogo a quem quer que seja.
Por causa da sua popularidade (que se expande até aos dias de hoje) foram criados diversos produtos relativos à série desde Action Figures aos videojogos, o que levou a que diversas empresas ao redor do mundo adquirissem a licença desta famosa série para criar produtos oficiais e explorar financeiramente este nome. A América foi dos países que mais o fez e a produtora de videojogos Webfoot Technologies é um desses exemplos, apostando no novo hardware da Nintendo (o Game Boy Advance) e num género de jogo que foge aos convencionais de luta, o resultado acabou por ser um RPG de Acção de subtítulo “The Legacy of Goku” que foi distribuído pela Atari nos Estados Unidos da América e pela Infogrames na Europa ao longo do ano de 2002.
Este jogo segue de forma bastante fiel uma parte da temporada Z, começa-se nossa aventura na ilha do Master Roshi (mais conhecido como Tartaruga Genial para os portugueses) onde Goku apresenta aos seus amigos o seu filho Son Gohan e termina no confronto final com Frieza no planeta Namek, isto sempre na perspectiva do personagem principal. Muitos dos eventos e personagens que não figuram na obra original (para quem vê anime conhece-os como fillers) também estão representados neste jogo, tal como Goku cair no inferno enquanto percorre o caminho da serpente e o grilo de nome Gregory.
Sendo este um RPG, Goku irá acabar por ganhar experiência sempre que derrotar animais (esquilos, dinossauros, etc.) ou inimigos e quando conseguir acumular um tanto ele irá evoluir de nível de forma a ficar mais forte (o máximo é o 25). Até aqui parece ser um jogo bastante convencional, correcto? Como disse anteriormente, para além de ser um RPG este também é um jogo de Acção, um género que começou a ganhar popularidade neste milénio, e por isso a acção é em tempo real. Goku pode dar socos ou utilizar ataques de Ki, ataques estes que podem ser uma simples bola de energia, o Solar Flare que imobiliza os adversários por alguns instantes e ainda o famoso Kamehameha, e quanto mais tempo forem acumulados mais fortes serão. A utilização destes ataques reduz a barra verde que corresponde ao Ki que é recuperada de forma relativamente rápida e ainda temos a barra vermelha que corresponde ao HP que pode ser recuperado a comer Senzu Beans ou utilizando ervas medicinais através do menu. Uma outra técnica é o facto de o Goku poder voar quando se prime o botão R, algo útil para fugir/desviar dos adversários mas tem o seu limite de utilização (que pode ser reposto ao coleccionar itens com uma asa no cenário). Isto tudo acontece enquanto se navega pelo cenário, cenário que vai mudando sempre que cumprirmos o objectivo maior (uma vez cumprido, nunca mais se pode voltar a esse sítio) mas até lá podemos interagir com os diversos NPC’s que podem dar-nos itens e missões secundárias, missões (que nos premeiam com itens e experiência).
Dadas as noções básicas de como funciona este jogo só me resta dar a minha opinião sobre ele, e sinceramente nem sei por onde quero começar… Mas a jogabilidade parece ser a melhor opção. A movimentação do Goku é bastante presa e pouco fluida o que dá a sensação de martelamento do D-Pad do GBA enquanto se joga (o homem nem corre!), isso não é nada confortável mas pior ainda é o sistema de combate. É possível chegar perto do adversário e dar-lhe um soco e logo de seguida mais outro, mas parece que o inimigo não recebe qualquer retorno do golpe sofrido, continua no mesmo sítio e acerta logo um golpe de contra-ataque. O pior é que eles são muito fortes ou então o Goku é que é fraco neste jogo porque com dois ou três golpes ele acaba por desmaiar e o jogo apresenta logo um Game Over, e se quisermos voltar a jogar iremos recomeçar o jogo no último sítio onde gravamos o nosso progresso através do menu. Num jogo de acção isso é coisa que o utilizador tem pouca atenção e espera um sistema de gravação mais intuitivo ou gravações automáticas. Mas voltando ao raciocínio do Goku ser fraco, uma outra coisa que suporta a ideia é o facto do homem mais poderoso do universo aprender as técnicas como o Solar Flare e o mítico Kamehameha apenas em certos pontos da nossa aventura, e estas são habilidades que ele conhece desde criança! Por causa tudo isto é muito difícil realizar um combate com quem quer que seja e a forma mais recomendada de o fazer utilizando a longa distância com ataques de Ki ou abusar do Solar Flare uma vez que se aprenda, o que condiciona a experiência pela falta de criatividade do jogador na abordagem aos inimigos e aumenta a longevidade dela pelos piores motivos. Ao longo de toda a aventura apenas existem dois locais onde é possível treinar a sério, um é a floresta perto da casa de Goku e o outro é Namek onde existe uma boa quantidade de adversários que fazem “respawn”, o problema é que um desses pontos é no início do jogo e o outro perto do final, e entre essas alturas temos as batalhas contra Raditz, Nappa e Vegeta, isto para não falar da dificuldade excessiva nos nossos primeiros momentos em Namek!
Em termos de longevidade este jogo pode ser concluído num curto espaço de tempo caso se saiba o que se deve fazer, das últimas vezes que terminei o jogo demorei umas três horas concluindo tudo o que é possível, mas uma pessoa sem experiência pode perder o triplo de tempo neste jogo que é bastante linear! E uma outra coisa que me faz bastante confusão neste jogo são as missões secundárias, não pelas missões em si que foca-se em ajudar os outros em tarefas banais e esse é um traço de Son Goku, mas sim onde se situam na história. Quando Raditz rapta o Gohan nós temos de procura-los, mas pelo caminho temos imensas pessoas com problemas para resolver, o mesmo acontece quando os Saiyajins estão a atacar a terra ou a Ginyu Force está a combater contra os nossos aliados, nós temos de ajudar o povo de Namek e até atravessar um enorme templo para chegar perto dos inimigos (e ao interagir com os diversos elementos dessa força especial, eles começam a atacar-nos e é possível enfrentar três ao mesmo tempo!).
Em suma, este jogo está muito mal executado, uma jogabilidade pouco fluida e variada que nada tem a ver com Dragon Ball, por acaso existe um código de batota implementado no jogo que torna Goku imortal e esse pode ser um bom presságio para quem não quer lidar com as falhas deste jogo e tirar algum proveito dele.
Graficamente este jogo não está mau de todo, tem cenários diversificados e que representa a série muito bem, de salientar o HFIL (Home For Infinite Losers aka Inferno) e Namek que capta a essência desses locais, mas o jogo está algo fosco e as animações quer dos personagens quer dos cenários estão um pouco aquém daquilo que a consola consegue reproduzir. Também se nota uma falta de atenção ao detalhe em muitos dos locais e por isso é que não existem muitos locais dentro de portas, a casa do Master Roshi por exemplo, parece uma pintura de fundo e por acaso andamos por lá. Um outro exemplo de falha de atenção é quando Goku morre ele não tem uma auréola durante o período em que não é ressuscitado. Por isso posso concluir que este trabalho nem está mau, mas existe muito que podia ser feito melhor.
Já os efeitos sonoros estão muito fracos, até existe a voz do Goku quando ele morre ou faz o Kamehameha mas são muito ridículos e nada tem a ver com a voz da versão americana da série. Já a música, existem algumas melodias interessantes e que dão uma verdadeira essência de Dragon Ball, mas a variedade não é grande e torna o jogo monótono naqueles locais maiores onde existem missões secundárias e inimigos com quem treinar.
Gráficos 6,5 - Aceitam-se e têm algum do charme da série, mas existe muito por onde melhorar;
Som 6,5 - Músicas interessantes que lembram Dragon Ball, mas existe pouca variedade e os efeitos sonoros são fracos;
Jogabilidade 4,0 - Nada cómoda e obriga um jogador a ser pouco criativo;
Longevidade 5,0 - Tanto pode ser uma aventura curta como longa, e não é pelas boas razões;
Dificuldade 4,0 - O jogo é difícil, se soubermos explorar a IA o jogo torna-se muito fácil.
Nota Final - 5,2
Este é um mau jogo onde apenas os fãs de Dragon Ball poderão conseguir tirar algum proveito, e mesmo estes deverão de pensar duas vezes a ver se querem perder tempo com ele. A menos que tenham curiosidade, não recomendo este jogo a quem quer que seja.